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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Roupa velha que parece nova

Para a roupa das crianças ficar sempre bonita, e ainda servir a outros meninos quando já não vestir os nossos, é preciso ter diversos alguns cuidados e saber alguns truques. O artigo de hoje é essencialmente prático, e dirigido à fada-do-lar que está escondida (às vezes, bem fundo) dentro de cada uma de nós...

No que respeita à roupa dos mais pequeninos, é necessário ter em conta a natural sensibilidade da pele dos bebés, aliada à delicadeza da maior parte das peças, e ainda ao tipo de desgaste e sujidade a que estas estão sujeitas. De acordo com a minha experiência, um primeiro cuidado é fundamental com as roupinhas dos bebés: qualquer nódoa tem de ser imediatamente limpa. As nódoas destas roupinhas são geralmente de produtos orgânicos (cocó e xixi, leite, papas e frutas), ou seja, são particularmente difíceis de retirar uma vez entranhadas nos tecidos. As terríveis nódoas amareladas que resultam do bolsar (refluxo de leite) só saem com muita paciência, água quente, produtos tira-nódoas, lixívia (no caso de roupa brancas), e bastante sol…

As lavagens, no geral, devem ser feitas seguindo as instruções das etiquetas, que por essa razão não se deveriam retirar. Para quem pretende revender a roupinha, tirar as etiquetas pode trazer bastante frustração mais tarde, na altura de determinar o tamanho das peças! Mas é claro que as etiquetas devem ser retiradas se incomodarem o bebé, isso nem é preciso dizer.

É natural que muitas peças para bebés sejam lavadas à mão, quer por causa do tipo de detergentes usados (os detergentes manuais são mais suaves), quer por causa da delicadeza dos tecidos e acabamentos. Quanto aos detergentes, devem ter tanto quanto possível um PH neutro. Não os utilizem em quantidades excessivas, e enxagúem a roupa com água limpa de forma a eliminar quaisquer vestígios, para não causar irritações na pele. Secar a roupinha ao ar livre (cuidado com o sol directo, que ataca as cores) é uma óptima ideia, e passá-la a ferro também ajuda a manter uma boa higiene. E nem será preciso dizer que toda a roupa nova deve ser lavada antes de a vestir ao bebé…

Quando as crianças crescem, os cuidados com a roupa já podem ser idênticos aos do resto da família. De uma forma geral, trata-se de ler atentamente as etiquetas da roupa, e de respeitar as indicações dos fabricantes das máquinas e detergentes. Já se sabe que as altas temperaturas (da água e do ferro de engomar) são prejudiciais para os tecidos, portanto reserve-as para roupas mais resistentes, matérias naturais, ou peças que precisam de uma lavagem pontual mais rigorosa. Muito cuidado com todos os materiais que encolham facilmente, como a lã, ou com estampas de cores fortes, que têm de ser lavadas com água quase fria, para lhe evitar um desgosto. E nada de misturar cores fortes, ou roupa de cor com roupa branca!

A secagem ao ar livre é a mais saudável, mas a exposição directa ao sol (e também a centrifugação na máquina) contribuem para o desgaste das cores. O sol pode ser um aliado da roupa branca, por que ajuda a “comer” nódoas, mas há cores (particularmente os azuis fortes e os vermelhos) que ficam muito desbotadas com a luz solar. Neste capítulo das nódoas, há muito a fazer com truques caseiros, mas não arrisque no caso de roupa muito boa ou delicada: leve-a à lavandaria.

Quanto às famosas nódoas, que teimam em cair no melhor pano, na roupa novinha em folha, e sempre nas zonas mais visíveis, há várias formas de as eliminar.

Quando a questão é branquear, pensamos logo em lixívia. A lixívia vulgar não deve ser usada, mas há lixívias delicadas, até em gel, que funcionam muito bem. Quando uso lixívias, tento sempre que possível lavar a roupa na máquina depois de retirar o branqueador e de a passar bem por água limpa, para garantir que não ficam vestígios. Lembre-se que a lixívia pura também causa nódoas, se for deixada na roupa por demasiado tempo! Pode deixar um halo azulado em torno da nódoa, se for uma lixívia delicada, ou até mesmo “queimar” o tecido, se for lixívia vulgar.

Para nódoas difíceis, há métodos caseiros que são mais ou menos ecológicos, tradicionais, geralmente muito trabalhosos e nem sempre eficazes. Desculpem-me, mas nessa área eu costumo recorrer aos tira-nódoas específicos. Existem produtos para retirar nódoas coloridas, nódoas de gordura, nódoas de ferrugem, etc. Segundo a minha experiência pessoal, todos funcionam bem na maioria dos casos, ainda que eu tenha tido várias frustrações com o produto para riscos de esferográfica… Pelo contrário, cá em casa o tira-nódoas de gordura tornou-se um grande aliado. Já agora, uma dica interessante: consegui tirar algumas nódoas de bolor, que são quase impossíveis de tirar, com o tira-nódoas de cor, depois do método clássico (sumo de limão e muito sol) ter falhado.

O que levar à limpeza a seco? Quase toda a roupa que não pode ser lavada (:D), roupas com forros e entretelas, roupa cara, fazenda de lã, vestidos de festa, enfim, o óbvio.

Mas devo confessar que às vezes lavo roupa que supostamente não deveria ser lavada. Faço-o com alguns blusões impermeáveis, canadianas sem forro, etc., usando baixas temperaturas e tendo muito cuidado com a roupa que vai misturada. Também lavo na máquina, com óptimos resultados, as chinelas tipo havaianas, os ténis, as sandálias de plástico, e até algumas sandálias em nobuk.

Mais alguns conselhos óbvios: não guardar a roupa suja por muito tempo, nem em locais fechados e húmidos, nem misturada com outras roupas. Não guardar roupa usada sem a ter lavado, de uma estação para outra; quando a for buscar, nódoas que antes nem se viam podem ter ficado bem visíveis e permanentes. Não deixar a roupa lavada e ainda molhada no tambor da máquina (é impressionante a velocidade a que se forma bolor na roupa húmida e fechada). Retirar todos os objectos dos bolsos, desapertar os botões, baixar as mangas arregaçadas, retirar as peças que possam oxidar (como presilhas de metal removíveis ou alfinetes) e aplicar tira-nódoas onde necessário, antes de lavar a roupa.

No vosso cestinho da lavandaria, juntamente com os tira-nódoas, o amaciador e um bom detergente (eu cá gosto muito de um bem baratinho, mas não lhe vou fazer publicidade, porque não ficou muito bem colocado nos testes da DECO; já agora, a revista Proteste afirma que uma das melhores escolhas é o Dia Diamantik, do Minipreço, um dos mais baratos), devem existir ainda rolos tira-pêlos (os do IKEA são ultra baratos e bons) e aquela maravilhosa máquina de retirar borbotos das lãs, que consegue devolver o aspecto de nova a uma camisola com ar de ter servido de cama ao cão.

Claro que este foi o post mais aborrecido dos últimos tempos, e todas as donas de casa que o leram devem ter ficado duplamente exaustas (pelo tamanho do texto, e pelo trabalhão que isto tudo parece dar), mas a verdade é que não é assim tão complicado – e compensa. Vejam pela roupinha da minha filhota.

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