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sábado, 10 de julho de 2010

Em segunda mão - parte de uma filosofia de vida

Por aqui, ainda não é muito habitual comprar roupas e acessórios usados, em vez de novos, e quem o faz tem muitas vezes de lutar contra os seus próprios preconceitos. No resto da Europa, pelo contrário, é uma atitude muito habitual, e o mercado de artigos em segunda mão é encarado como uma fantástica oportunidade de fazer "achados", para além de um meio de consumir como mais consciência. Vender e comprar em segunda mão reduz o desperdício e elimina boa parte do lixo, até mesmo no que respeita às embalagens.

É também uma maneira muito eficaz de poupar, para quem vende e para quem compra. E, como hoje aprendemos a grande custo, poupar é um dever de todos, quer precisem no momento, quer não. Não há recursos inextinguíveis, nem no planeta, nem nos orçamentos familiares...

As habituais dúvidas quanto à roupa em segunda mão são mais fáceis de resolver quando se trata de roupa de crianças. Primeiro, há mais razões para vender e para comprar: muitas peças são usadas por tão pouco tempo, que mal as amortizamos, e por essa mesma razão, elas estão geralmente em bom estado quando deixam de servir. Além disso, vestir ao nosso filho uma roupinha usada por outra criança, mas impecavelmente limpa e conservada, é quase como recebê-la de um irmão ou de um amigo. Uma criança é uma criança.

Comprar em segunda mão também permite adquirir peças que não são fundamentais no guarda-roupa, mas que permitem variar, e dar vida nova àquilo que já se tem. Ou vestir muitos irmãos, que vão sendo raros, mas quando existem arruinam qualquer orçamento. Ou ainda evitar o desperdício que é gastar uma fortuna num vestido que só será usado numa festa!

Vender e comprar em segunda mão para as crianças é uma decisão sensata, inteligente e responsável. De pais para pais, mas não só. Deveria ser algo partilhado com os nossos filhos, porque é um acto educativo em muitos aspectos:
  • permite pôr em prática, e em família, os famosos R’s – Reduzir, Reutilizar, Reciclar.

  • proporciona uma lição valiosa sobre poupança e gestão do orçamento familiar, que estão na ordem do dia.
  • é também uma forma de exercitar a capacidade crítica, reflectindo sobre o desperdício, a possibilidade de dizer não ao consumo desregrado, a capacidade de escolha e o exercício da responsabilidade.

Claro, vender e comprar é sempre um negócio, e para alguns a ética e os negócios nunca poderão andar juntos. Não acredito nisso, e felizmente muita gente também não acredita. Antes de sermos vendedores e compradores somos pais e mães, cidadãos, seres humanos. Vamos promover trocas justas para ambos os lados, para que todos saiam a ganhar.

E não deixemos de dar, de agir gratuitamente, e de ensinar os nossos filhos a fazer o mesmo. Para o mundo ser melhor, não chega pôr em prática os três R’s: é preciso juntar-lhe a oferta, a generosidade, a entrega.

No próximo artigo vou falar daquilo que devemos ter em conta quando compramos (e vendemos) roupa usada.

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